Este livro foi escrito por Helga Weiss,
publicado no Brasil pela editora Intrínseca e têm 238 páginas. Este é um relato
emocionante de uma menina judia que sobreviveu aos campos de concentração da
Segunda Guerra Mundial.
No começo do livro Helga tem apenas onze
anos. Quando presencia algumas manifestações, sem bem entender. Não contarei
muito sobre a história, pois sei que estragarei com os sentimentos de vocês.
Mas, o livro relata basicamente como era a vida dela durante o período da
guerra.
Bem, não sabemos se todos os fatos ali
contidos são verdadeiros, ou se foram distorcidos pelo editor. Entretanto, a
sua maioria é semelhante a ocorridos em outros lugares no mesmo tempo. Como por
exemplo, as famosas câmaras de gás, os jejuns forçados e os maus-tratos dos alemães
sobre os judeus.
Mas assim como todo livro de tragédias, “O Diário
de Helga” também trás consigo partes tristes. Partes as quais fazem você pensar
em tudo que tem e como se situa no mundo em que vive. Sim, este livro tem
momentos tristes. E não, não é um livro melancólico. Trata-se apenas de
anotações sobre uma das maiores tragédias do mundo.
O editor e Helga deixam claro que nem todos
os fatos foram escritos no presente – escritos enquanto aconteciam -, e sim com
passagens escritas após a guerra relatando o passado. Fato explicado na
entrevista feita por Neil Bermel a Helga no final do livro.
Mudando um pouco de assunto, a arte na capa é
magnífica. Não somente na capa, mas no conjunto. Ao ler você repara que este
contem fotos e desenhos que representam e facilitam a percepção de alguns
momentos da história. A maioria dos textos é curta, fazendo assim com que a
leitura voe. Também “não há capítulos”, se deixa especificado no começo do livro
como funcionará as passagens.
Concluindo, aqui a baixo estão algumas das
milhares de marcações que eu fiz neste livro. Abraços.
“Na escola o clima era de tristeza. Os papos
alegres e os risos despreocupados das crianças se transformaram em sussurros
assustados. Grupos de meninas mergulhadas em conversas podiam ser vistos nos
corredores e nas salas. Quando o sinal tocou, a gente foi para as salas. Não houve
muita aula. Estávamos distraídos e ficamos aliviados quando o sinal tocou mais
uma vez. Depois da aula, vários pais esperavam seus filhos. Minha mãe foi me
buscar. A caminho de casa, vimos montes de carros e tanques alemães. O dia
estava gelado; chovia, nevava, o vento uivava. Era como se a natureza
protestasse.”
“Muitos - não certamente todos - estão
chorando em silencio, mas nós não demonstramos nossas emoções. Para que dar
esse prazer aos alemães? Jamais! Temos força pra nos controlar. Ou deveríamos nos
envergonhar de nossa aparência? Das estrelas? Dos números? Não, não é culpa
nossa, alguém se envergonhará por isto. O mundo é apenas um lugar estranho.”
Página 63.
“Minha mãe e eu passeamos ao longo dos
vagões. Recebemos uma xícara de água para nos lavarmos. Estamos horríveis e
sujas. Houve um dia em que nos lavamos em Triebschitz com 250 ml de café?”
Página 177.
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