Então pessoas, vamos resenhar esse magnífico
exemplar da trilogia Millennium: A Rainha do castelo de ar. Essa coisa linda
contém 688 páginas segundo o Skoob e foi escrito por Stieg Larsson. Um cara que
escreveu apenas essa série porque morreu antes do primeiro ser lançado. É uma trilogia
sueca que envolve temas como abuso de poder, tráfico de mulheres, abuso sexual,
problemas políticos, entre outros. O título do primeiro volume é “Os Homens que
não amavam as mulheres” e o segundo é “A Menina que brincava com fogo”. Bem,
vamos ao terceiro livro.
Nesse exemplar, damos sequência à
investigação que está sendo feita no segundo livro. Lisbeth Salander e Alexander Zalachenko estão
quase morrendo. Por motivos bem naturais, ele está com um machado enfiado na
cabeça e ela por ter sido enterrada viva e depois ter levado um tiro na cabeça.
O foco poderia ter sido apenas neles que seria incrível a história. Entretanto,
Stieg Larsson investe muito o seu tempo em personagens novos e acaba fazendo
complicações com tantos nomes suecos. Confesso, tem alguns difíceis de gravar. Particularmente,
não sei como, mas esse cara conseguiu articular muito bem cada nova aparição na
trama e cada uma teve o final merecido e o seu tempo necessário na história.
Sim, considero essa a minha trilogia
favorita. Como disse a Tatiana Feltrin em seus dois vídeos sobre a série
(primeiro vídeo e segundo vídeo), essa série não é perfeita. Reconheço seus
problemas, porém, acredito que a grande maioria aconteceu por causa do
tradutor. Fiz marcações de duas cores, laranjas e azuis (laranjas para as
passagens favoritas e azuis para alguns erros), se não fosse o final - com aquele
julgamento de tirar o fôlego - as azuis teriam um número maior que as laranjas.
O que seria uma pena.
Mesmo os momentos “Porque você está
escrevendo isso, Stieg?” são interessantes. Pois você sabe que a chance dele
usar alguma referência mais para frente é inevitável. Além de que quem leu as
outras resenhas da série ou viu os meus antigos vídeos sobre a série sabe que
eu amo a Lisbeth. Senhor amado, que mulher é essa? Só posso pedir que vocês lessem
essa série. Eu sei que demanda tempo, eu demorei dois anos para acabar, mas o
enredo, os personagens, o cuidado que ele tem para descrever a história de cada
um, as soluções dos casos são dignas de aplausos.
As críticas implícitas e explícitas nos
livros são loucas e maravilhosas ao mesmo tempo. De como uma pessoal “normal”
tem que se comportar em uma sociedade cheia de padrões. Se você é fora do
padrão, lamento você vai ser julgada como uma doente mental e ser acusada de
triplo assassinato. Lisbeth tem tatuagens no corpo e usa piercing, logo, ela é perigosa. Que besteira, Senhor Peter T.
Mortes, muaahahah. Ai Stieg Larsson, digamos
que lá pela página 160 você me deu uns tapas na cara. O que foi aquilo, rapaz? A
história simplesmente deu um pulo e tanto com duas mortes inusitadas. Três
páginas e pronto, algumas coisas que você imaginou vão para o caixão junto com
o ritmo lento de leitura. Além das investigações de Dag, Mia e da Millennium
que estavam acontecendo no livro anterior, temos também outras opções de “lazer”.
Coisas envolvendo Erika Berger, Lisbeth Diva
Salander, Zala, Mikael Blomkvist, e personagens novos como Rosa Figuerola e
Peter Fredriksson.
Vou tentar resumir o livro e alguns personagens
porque estou me estendendo um pouquinho demais. Antes que eu esqueça, eu só vi
o filme norte americano ainda. Assim que eu ver todos os suecos, faço uma
postagem relacionada. Espero que vocês se entusiasmem com esse “resuminho”. Ladies, start your engines and may the best
woman ... WIN: é uma história muito louca e densa de dois assassinatos em
três páginas, de inúmeras investigações, de uma diva sambando na cara dos estereótipos
e que tenta matar o pai e o irmão, de um jornalista seduzente com faro para o
perigo, do seu pior pesadelo referente às pessoas preconceituosas que se
materializam em psicólogos, de uma loira, amante, mulher, editora e que tem/é perseguida,
de traduções mal feitas, de personagens secundários que tem seus quinze minutos
de fama e outras coisas que só quem leu a série sabe. Afinal, os filmes são
bons, mas não foram escritos por Larsson, apenas baseados.
Rupaul's Drage Race. |
“Eu admiro Lisbeth Salander. Ela tem mais
fibra do que eu. Se tivessem me amarrado com correias quando eu tinha treze
anos, é provável que eu tivesse desabado completamente. Ela revidou com a única
arma de que dispunha. Em outras palavras, com seu desprezo pelo senhor.”
p 614.
“- A senhorita poderia fazer a gentileza de
responder à pergunta. [...]
- Que pergunta? Por enquanto, esse senhor –
Ela inclinou a cabeça na direção de Ekström – fez algumas afirmações sem
apresentar nenhuma prova. Não ouvi nenhuma pergunta.”
p 572.
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