sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Resenha: O oceano no fim do caminho - Neil Gaiman

Este livro foi escrito por nada mais, nada menos que Neil Gaiman. Tem 208 páginas, foi editado pela editora Intrínseca, e lançado no ano de 2013. Foi o primeiro romance adulto do autor desde 2005. O autor nasceu na Inglaterra, mas atualmente vive nos Estados Unidos. Começou como jornalista, porem logo se tornou destaque entre os escritores, com quadrinhos e com o seu gênero infanto-juvenil.

Logo no prólogo sabemos que alguém morreu - pois a cena se passa em um velório – porém, não sabemos quem, apenas que é uma pessoa próxima do narrador. Ele saí do velório para tomar um ar, e acaba encontrando, por acaso, a rua da sua antiga casa. Então, decide ver se a casa de uma amiga da sua infância ainda está lá.
Quando o narrador encontra a casa, pergunta pela menina para uma mulher, mas ela não mora mais lá. Em seguida, ele pede par ir ver um lago atrás da casa, que um dia a menina o convenceu de ser um oceano. A partir daí a história começa a se desenrolar, porque o senhor se lembra de quando tinha sete anos e conheceu a menina, nos contando tudo o que ocorreu naquele ano.
A mente do menino era tão fértil que você por muitos momentos não sabe se o que ele descreve é real ou não, pois o narrador lia muitos livros na época fazendo com que sua mente fosse extremamente fértil.
Uma das coisas mais legais deste livro é a família de Lettie – a amiga do narrador -, porque elas são totalmente feministas, dizendo não precisam de homens. Elas lembram à muitos três bruxas da mitologia grega que revezavam um olho de vidro.
É muito difícil de achar um ponto negativo neste livro. A capa é perfeita – pois representa a história, por mais que só se a entenda no final do livro -, as margens são na medida certa, e a escrita de Neil Gaiman é sem comentário, totalmente extrovertida e contagiante. Uma das coisas que mais gostei, foi que metade dos capítulos acaba ou contem uma frase para refletir, como por exemplo:

“Crianças exploram. Adultos ficam satisfeitos por seguir o mesmo trajeto, centenas de vezes, ou milhares.”
Página 70.

“Meus pais eram uma unidade inviolável. De repente o futuro passou a ser um mistério: tudo podia acontecer. O trem da minha vida descarrilou, saiu dos trilhos e cruzou os campos, e agora seguia pela estrada comigo.”
Página 95.

Indico este livro para todos que gostam de ler, porque você irá passar as paginas sem perceber. É um livro curto, engraçado, aventureiro e com um toque de fantasia, perfeito para se ler em uma tarde de chuvosa, ou então num silencio fúnebre. 

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