sábado, 7 de setembro de 2013

Resenha: Os homens que não amavam as mulheres (Millennium 01) - Stieg Larsson

            Este é o primeiro volume da série Millennium. Contém 522 páginas, a sua editora é a Companhia das Letras, e foi escrito pelo mestre Stieg Larsson. Foi lançado originalmente próximo do ano de 2003, na Suécia, onde se discutia muito sobre abuso e tráfico de mulheres (temas abordados na série). O diferencial da série é a personagem principal, Lisbeth Salander.

         Tudo começa quando, Mikael Blomkvist - um jornalista famoso por denunciar grandes corruptos de seu país -, mete os pés pelas mãos, denunciando Wennertröm de um crime que ele indiretamente não cometeu. Blomkvist tem uma “empresa de investigação”, a Millennium, porém, está caindo aos pedaços com o pouco dinheiro que restou após a denuncia mal feita de Mikael B.
A Millennium está perdendo investidores da mesma forma como a água cai do céu. Mikael não vê mais saída a não ser fechar a empresa, até que surge um idoso muito simpático, Henrik Vanger, que fornece um emprego a Blombkist, no qual ele teria que dedicar um ano para investigar o desaparecimento da sobrinha de Henrik, Harriet Vanger.

Como Mikael não é profissionalmente investigador, ele acaba tendo que pedir ajuda para Henrik, que contrata Lisbeth Salander, uma mulher com corpo de 13 anos, que trabalha como freelancer numa empresa de investigação particular. Ela tem um tutor, pois segundo o governo, ela não tem capacidade de ter uma vida sozinha. 
O segredo de o livro fazer tanto sucesso está principalmente nesta personagem. As suas atitudes em meio à sociedade são as mais vagas, desde extremamente agressiva, até compulsivamente antissocial. Definitivamente minha personagem favorita.

O grande mistério do livro gira em torno de saber quem matou Harriet Vanger. Há muitas suspeitas. A cada pista descoberta só aumenta mais a tensão para o fim.
Há partes do livro que merecem ser destacadas, como estes trechos:

“Lisbeth Salander abriu a boca para gritar. Ele a pegou pelos cabelos [...] Ela sentiu que punha alguma coisa em volta de seus tornozelos, que abria suas pernas pelo cômodo, mas não podia vê-lo. Os minutos se passaram. Ela mal conseguia respirar. Por fim sentiu uma dor horrível quando ele brutalmente ...”
Página 230.

“A síndrome de Asperger, pensou. Ou algo parecido. Um talento para ver esquemas e entender raciocínios abstratos onde os outros não veem senão a mais completa desordem.”
Página 454.


Há muitos outros trechos do livro que devem ser citados, porém seria spoiler. Mas, posso garantir que essa leitura agradará a todos que gostam de livros de investigação policial, porque a maneira como o narrador descreve as cenas e os personagens te deixa perplexo por mais e mais páginas, você quer saber o que vai acontecer com Salander, lerá capítulos sem perceber em busca de Lisbeth. Todavia, posso lhe garantir que ao final deste livro, você se sentirá obrigado a ler os próximos. 

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