sábado, 1 de agosto de 2015

Resenha: A Rainha do castelo de Ar (vulgo, uma história louca e "real" com duas mortes em três páginas)!

Então pessoas, vamos resenhar esse magnífico exemplar da trilogia Millennium: A Rainha do castelo de ar. Essa coisa linda contém 688 páginas segundo o Skoob e foi escrito por Stieg Larsson. Um cara que escreveu apenas essa série porque morreu antes do primeiro ser lançado. É uma trilogia sueca que envolve temas como abuso de poder, tráfico de mulheres, abuso sexual, problemas políticos, entre outros. O título do primeiro volume é “Os Homens que não amavam as mulheres” e o segundo é “A Menina que brincava com fogo”. Bem, vamos ao terceiro livro.
Nesse exemplar, damos sequência à investigação que está sendo feita no segundo livro.  Lisbeth Salander e Alexander Zalachenko estão quase morrendo. Por motivos bem naturais, ele está com um machado enfiado na cabeça e ela por ter sido enterrada viva e depois ter levado um tiro na cabeça. O foco poderia ter sido apenas neles que seria incrível a história. Entretanto, Stieg Larsson investe muito o seu tempo em personagens novos e acaba fazendo complicações com tantos nomes suecos. Confesso, tem alguns difíceis de gravar. Particularmente, não sei como, mas esse cara conseguiu articular muito bem cada nova aparição na trama e cada uma teve o final merecido e o seu tempo necessário na história.
Sim, considero essa a minha trilogia favorita. Como disse a Tatiana Feltrin em seus dois vídeos sobre a série (primeiro vídeo e segundo vídeo), essa série não é perfeita. Reconheço seus problemas, porém, acredito que a grande maioria aconteceu por causa do tradutor. Fiz marcações de duas cores, laranjas e azuis (laranjas para as passagens favoritas e azuis para alguns erros), se não fosse o final - com aquele julgamento de tirar o fôlego - as azuis teriam um número maior que as laranjas. O que seria uma pena.
Mesmo os momentos “Porque você está escrevendo isso, Stieg?” são interessantes. Pois você sabe que a chance dele usar alguma referência mais para frente é inevitável. Além de que quem leu as outras resenhas da série ou viu os meus antigos vídeos sobre a série sabe que eu amo a Lisbeth. Senhor amado, que mulher é essa? Só posso pedir que vocês lessem essa série. Eu sei que demanda tempo, eu demorei dois anos para acabar, mas o enredo, os personagens, o cuidado que ele tem para descrever a história de cada um, as soluções dos casos são dignas de aplausos.
As críticas implícitas e explícitas nos livros são loucas e maravilhosas ao mesmo tempo. De como uma pessoal “normal” tem que se comportar em uma sociedade cheia de padrões. Se você é fora do padrão, lamento você vai ser julgada como uma doente mental e ser acusada de triplo assassinato. Lisbeth tem tatuagens no corpo e usa piercing, logo, ela é perigosa. Que besteira, Senhor Peter T.
Mortes, muaahahah. Ai Stieg Larsson, digamos que lá pela página 160 você me deu uns tapas na cara. O que foi aquilo, rapaz? A história simplesmente deu um pulo e tanto com duas mortes inusitadas. Três páginas e pronto, algumas coisas que você imaginou vão para o caixão junto com o ritmo lento de leitura. Além das investigações de Dag, Mia e da Millennium que estavam acontecendo no livro anterior, temos também outras opções de “lazer”. Coisas envolvendo Erika Berger, Lisbeth Diva Salander, Zala, Mikael Blomkvist, e personagens novos como Rosa Figuerola e Peter Fredriksson.

Vou tentar resumir o livro e alguns personagens porque estou me estendendo um pouquinho demais. Antes que eu esqueça, eu só vi o filme norte americano ainda. Assim que eu ver todos os suecos, faço uma postagem relacionada. Espero que vocês se entusiasmem com esse “resuminho”. Ladies, start your engines and may the best woman ... WIN: é uma história muito louca e densa de dois assassinatos em três páginas, de inúmeras investigações, de uma diva sambando na cara dos estereótipos e que tenta matar o pai e o irmão, de um jornalista seduzente com faro para o perigo, do seu pior pesadelo referente às pessoas preconceituosas que se materializam em psicólogos, de uma loira, amante, mulher, editora e que tem/é perseguida, de traduções mal feitas, de personagens secundários que tem seus quinze minutos de fama e outras coisas que só quem leu a série sabe. Afinal, os filmes são bons, mas não foram escritos por Larsson, apenas baseados.
Rupaul's Drage Race.
“Eu admiro Lisbeth Salander. Ela tem mais fibra do que eu. Se tivessem me amarrado com correias quando eu tinha treze anos, é provável que eu tivesse desabado completamente. Ela revidou com a única arma de que dispunha. Em outras palavras, com seu desprezo pelo senhor.”
p 614.
“- A senhorita poderia fazer a gentileza de responder à pergunta. [...]
- Que pergunta? Por enquanto, esse senhor – Ela inclinou a cabeça na direção de Ekström – fez algumas afirmações sem apresentar nenhuma prova. Não ouvi nenhuma pergunta.”
p 572.


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